Silêncio (Parte II)

Nunca pensei que eu iria reescrever o primeiro texto que eu escrevi aos 17 anos aqui mesmo nesse blog. - Embora, eu tenha reescrito este texto em formato de livro e está no 4shared, só baixar, é de graça.

Desde o dia que você veio aqui em casa. - Aliás, desde o dia que a Teka me pediu pra aprender a perdoar, eu tenho mudado, meus textos tem mudado e tenho ficado mais feliz, mas depois que você me disse:

- Eu gostava do Victor que me amava e não do que me xinga.

A minha consciência pesou e eu fiquei pensando no que você me disse depois que você foi embora, em casar com você e viver em paz. - E minha mãe, tentava me acordar no grito, como sempre:

- ELA NÃO VAI CASAR COM VOCÊ, ACORDA! ELA ESTÁ MAGOADA COM VOCÊ!

Pensei em me matar, consciente. - Nunca havia pensado em suicídio tão lucidamente, pois, todas as vezes que eu tentei me matar, foram inconscientes. - Ou sob efeito de drogas farmacológicas!

Mas você aprendeu as técnicas ASMR, técnicas que eu sei desde o 5 anos quando eu comecei a fazer racha, pois como você sabe, deficiente é foda. Tem de usar voz baixa no ouvido até pra pedir pra beijar o rosto. - Não estou falando de você, mas do povo do Tobias mesmo e algumas do Robrú.

A diferença entre mim e o Justin Bieber, aliás, é essa. - O Justin só faz ASMR, eu dançava e dizem que eu dançava bem. - Minha mãe esses dias, de: ''Michael Jackson aposentado'' porque me viu dançar e achou foda:

- Nossa, Victor! Você dançava melhor que o Giovanni. Você deveria ter continuado nos rachas, mas você foi e se afundou nas drogas.

Sendo que, eu parei de fazer rachas antes de te conhecer. - Foi em 2006 no Robrú, e 2010 no Tobias. E ainda, eu não usava drogas, comecei a usar em 2013. - Aí, foi 5. E algumas eu fazia algumas misturas fatais, quase morri. - Aliás, não sei como eu tô vivo.

Mas hoje, eu entendi o que você quis me dizer, Franciele:

Eu era aluno. - Você, a Tia da perua. - Pra mim, você era a mulher da minha vida. - Pra você, eu era só um menino chato que queria atenção e o meu tio te pagava pra me aguentar. - Eu já escrevi sobre isso, mas tomei tantos antidepressivos e cheguei a fumar maconha. - Isso acaba com os neurônios. - Tinha esquecido completamente!

Você me reconhece. - Você lembra de mim, Ciele. - Mas quando olha pros teus filhos!

É óbvio, que isso me deixa ainda frustrado, pois, eu queria que você fosse minha mulher, porém, não ia ter como. - Você já não era mais virgem, aliás, você perdeu sua virgindade com o meu primo. E eu, era um menino iludido que via em você a mulher mais linda do mundo inteiro!

Você era paga para ser paciente com a gente, afinal, você era tia da minha perua. - E comigo, você era até demais. - Ganhava pouco do Gilson e ainda tinha que aguentar o sobrinho dele te enchendo a porra do saco:

''Eu não quero gentinha'' pra mim = Não quero um favelado de merda igual você! 

''Eu não quero gentinha'', realmente = Eu não quero um moleque remelento, de aparelho, virgem da boca, carente, virgem do pau e que precisa mais de uma mãe que de uma namorada.

De onde eu tirei isso? - Nem sou periférico. - Periférico é o Junior e você ficou com ele, como eu disse, há duas estrofes atrás.

Pra mim, você era a mulher mais linda do mundo, eu queria casar, ter filhos com você, queria você pro resto da minha vida, Franciele.

Já pra você, eu era só uma criança que precisava de cuidados e atenção, e você era paga pra isso. - Afinal, trabalhava na perua do meu tio. - Você e eu, temos um ano só de diferença. Mas você, já era experiente e não estava mais com paciência de ensinar o que é o amor para um carente.

Isso não entrou na minha cabeça nem fodendo. - Mas sua família ajudou nisso, Franciele. E eu, já falei disso em outros textos, não quero entrar nesse assunto. - Lembra que o plano era eu largar as drogas, a automutilação e sermos amigos? - Então... Assim será!

Porque eu ainda te amo, mas tenho mais medo de o meu pai voltar pra casa. - Infelizmente, eu descobri porque minha mãe tenta me afetar em teu nome, Franciele. Ela ainda gosta do meu pai. - Quando o meu vô, a Jéssica e o Gilson falaram, eu não acreditei.

Mas hoje, ela falou. - E de alguma maneira, ela se identifica com o sofrimento que eu sinto por não ter você. - A Diferença, é que eu nunca fui orgulhoso, pois sempre gostei de pôr você em forma literária e você tem atributos necessários para ser mais poesia que mulher e você sabe disso!

Já minha mãe, é orgulhosa. Nunca assumiu que gosta ainda do meu pai ante de hoje. - E se ela escrevesse sobre o meu pai, sairia um texto tipo o que a Teka escreveu sobre o Felipe, só putaria. - Não quero nem ler.

Porque minha mãe e meu pai, são propriedades químicas que não se batem. - Já nós, temos a endorfina ao nosso favor! - Meus pais, nem isso!

O meu pai preenchia as partes vazias dele com a minha mãe e com a Edna;

Minha mãe preenchia as partes vazias dela com ele. - Somente. - E nem vou contar, que eles transavam ao som do Phil Collins, do Simply Red e do Kenny G. - Isso me traz certos traumas.

Eu ouço Kenny G e já penso: ''O Celebridade voltou, caralho, velho''...

Então, vamos poupar esses detalhes...

Agora, sobre o fato de eu ter virado escroto, eu tenho de perguntar pra Teka e pra Letícia: ''Por quê vocês gostavam mais das pessoas escrotas do Tobias do que de mim?'' - Não é uma indireta pra Lê, porque, pra sempre ela vai ser minha arlequina do cai, cai balão.  - É pra Teka mesmo.

Porque fica meio turvo, Teka, as meninas gostarem mais do Léozinho que é um puto, playboy de merda, do quê de mim, que eu era o ''Seu Vitão que baixava as músicas do Queen pra te agradar''.

Então, eu pensei, se as pessoas, gostavam mais do Léozinho, do Tomasi e do Vinicius Lucas, que eram uns putos e comiam mulher pra caralho... Então, porque vou continuar sendo o Vitão que sofre bullying e é bom com as pessoas?

 Isso ainda é meio confuso pra mim, Stefanie, você pode comentar aqui e me explicar isso, por favor? Porque eu não entendo. - Eu sei que você não gosta de mim, mas dos meus textos você gosta.

Mas ser igual o Lèozinho, só me afastou das pessoas que eu amava do quê agregou. - Isso é verdade!

O Tobias acabou pra mim faz 6 anos... Fiquei de 2002 até 2012 lá. - Mas as drogas e a automutilação, não se esqueciam desse fato. - Eu deixei de ser eu, pra ser outra pessoa.

 Mas o que fazia diferença pra mulher que eu amava, era ser o criança....

Se eu soubesse disso, se tivessem demonstrado isso antes, talvez, eu não tivesse caído. - Mas não me mostram, Teka. - E quando você, a Franciele, o Junior e a Gabriela falaram:

Franciele:

- Eu gostava do Victor que me amava... Que me dava chocolates e falava que eu era a moça mais bonita do mundo. Esse Victor revoltado que me xinga, eu não conheço. Eu conhecia a minha criança! Eu queria ela de volta e peço desculpas por não ter valorizado. Você foi homem de verdade! Eu posso me esquecer de TODOS os meus relacionamentos, mas eu NUNCA vou me esquecer de você.

Junior:

- REAGE, VITÃO! VOCÊ É MEU PRIMO! SE EU NÃO TE CONHECESSE, EU IA DAR UM TAPA NA TUA CARA PRA VOCÊ PARAR DE FALAR DE MACONHA E PARAR DE GRITAR COMIGO. MAS VOCÊ, NÃO É ASSIM! O PROBLEMA, É QUE VOCÊ QUER FICAR COM A MINA BONITA, A MINA NÃO TE QUER E VOCÊ TENTA SE MATAR!

OBS: O Junior jogou indireta pra Franciele aí. Ela traiu o Junior com o Murilo. E me pediu pra que eu não fosse atrás dela porque eu ia sofrer. Eu sofri e ele se sente frustrado. Junior, mano, A CULPA NÃO FOI SUA! - Eu quem fui irracional. - E também, naquela época, eu era forte. Corria atrás do que eu queria. Só não sabia disso antes. 

Não me importava a opinião do Junior, do Bruno, da Darcy... - Se eu estivesse com a Franciele, todos os dias. Gostava de ter ela perto, de ouvir a voz chata dela, de conversar com ela, de ouvir os problemas dela. A Franciele sempre foi uma mulher muito bonita, mas a presença dela era mais importante que o sexo dela. - E com minhas dúvidas, até isso eu perdi.

Pra Franciele, eu fui um homem de verdade. Só não sou um homem de verdade, pois pra ela, eu sou um menino. Um menino que gostava de fazer ela sorrir! - E acho que pra você, Teka, eu sou era a mesma coisa.

Tá. Agora, que eu já entendi tudo e me sinto muito mal, eu só quero fazer uma pergunta pra você, Teka:

- Se vocês gostavam daquele Vitão, por quê vocês não o valorizaram. E preconceito, não tem muito a ver com isso. Porque eu sei que vocês me amavam, mas não me tratavam como tratavam os putos que falavam que foi pro puteiro na Augusta e pegou mina à força.

Bom, acho que eu voltei. - E Franciele, eu te amo. Mas o medo do meu pai voltar pra casa, ainda é maior. - Então, vamos ser amigos e nos ajudar juntos... Como foi na primeira vez?

Ah, e Drª Camilla e Dr. Lima. - Nunca precisei de psicólogos e muito menos de comprimidos, quem precisava e sempre precisou, foram meus pais! - Agora, eu tô limpo e existiam coisas que eu não podia desabafar nem com você e nem com nenhuma psicóloga...

Não vou mais voltar. - Vou ficar calado e deixar pra lá... Como eu fazia na infância!

Aliás, Drª Camilla, se eu desabafasse isso tudo com você, minha mãe iria me bater. - A sua sala é do lado da sala de espera. - Ela iria escutar. - Desmarca. Não quero mais voltar! Não vou mais fazer as besteiras que eu fazia. NUNCA MAIS!

Pra lidar com gente louca, é pior ficar mais louco ainda!